MUNDO

Hamas bombardeia Israel de supresa

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou no sábado que seu país está "em guerra" depois que o Hamas lançou uma invasão surpresa matinal a partir de Gaza, na incursão mais grave contra Israel em décadas.

O panorama geral: Israel está retaliando com ataques aéreos contra Gaza. Mais de 250 israelenses e pelo menos 232 palestinos foram mortos desde o início do ataque, segundo autoridades de saúde. Milhares de pessoas ficaram feridas.

• O ataque ocorre após semanas de escalada de violência e em meio a uma profunda crise política em Israel devido à revisão judicial do governo de Netanyahu, que enfraqueceu as forças armadas, a economia e a sociedade do país.

• A última invasão grave contra Israel ocorreu há 50 anos, em 1973, e apanhou o país e a sua liderança de surpresa total.

O que está acontecendo: O Hamas também lançou mísseis no sábado contra cidades israelenses em todo o país, incluindo Tel Aviv e Jerusalém. A Jihad Islâmica Palestina, outro grupo militante em Gaza, disse que seus membros participaram do ataque.

• Israel declarou emergência em todo o país ao lançar um pesado bombardeamento contra Gaza. O Gabinete Israelita aprovou a mobilização de dezenas de milhares de reservistas.

• O Hamas tomou civis e soldados israelenses como reféns e os trouxe de volta para Gaza.

• O exército israelita está em alerta máximo no Comando do Norte, mas enfatizou que não houve incidentes na fronteira com o Líbano. “Quem quer que nos ataque na frente norte pagará um preço alto”, disse ele.

• O ministro da energia israelita assinou um decreto para suspender todo o fornecimento de electricidade de Israel a Gaza. Gaza agora só obterá eletricidade da sua central eléctrica e do Egito.

O Hamas: O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária.

• Mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza. O Hamas já chegou a reivindicar a totalidade da Palestina – o que inclui o território israelense e a cidade de Jerusalém. O grupo não reconhece Israel como país.

O porta-voz do Hamas, Khaled Qadomi disse à Al Jazeera que o grupo militante deseja que "a comunidade internacional pare com as atrocidades em Gaza, contra o povo palestino, nossos locais sagrados como Al-Aqsa".

• “Todas essas coisas são a razão por trás do início desta batalha”, disse ele.

De supresa: A invasão começou sábado por volta das 7h30, horário local, quando o Hamas usou escavadeiras para derrubar partes da barreira fronteiriça entre Gaza e Israel.

• Os militares israelenses foram pegos de surpresa. Demorou várias horas para responder. Com partes da barreira derrubadas, os militantes do Hamas invadiram Israel com dezenas de camionetes e ocuparam aldeias e cidades israelitas perto da fronteira. Vídeos não verificados nas redes sociais mostraram agentes do Hamas dirigindo sem serem perturbados no meio de cidades israelenses perto da fronteira.

Zoom out: Netanyahu disse ao presidente dos EUA, Joe Biden, em um telefonema no sábado que Israel "vencerá" uma guerra contra o Hamas, disse o Gabinete do Primeiro Ministro israelense. Biden afirmou que os EUA apoiam Israel e apoiam totalmente o seu direito de se defender, de acordo com o Gabinete do Primeiro-Ministro israelita.

• "Apoiamos firmemente o governo e o povo de Israel e apresentamos nossas condolências pelas vidas israelenses perdidas nesses ataques", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, em um comunicado.

• O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que o Pentágono trabalhará para garantir que Israel "tenha o que precisa para se defender".

BRASIL

Dificuldades para zerar o déficit fiscal do governo em 2024

Medidas em apreciação na Câmara e no Senado podem atrapalhar os planos de zerar o déficit fiscal no próximo ano

O governo busca receitas para zerar o déficit primário em 2024, mas projetos em tramitação no Congresso ameaçam aumentar as despesas públicas ou representar reduzir receitas.

Cinco propostas podem impactar o orçamento em pelo menos R$ 92,8 bilhões, o que preocupa a equipe econômica.

Risco do toma lá da cá: Se todas forem aprovadas, o esforço fiscal necessário chegaria a quase R$ 268 bilhões, e há preocupações de que líderes partidários usem esses projetos para pressionar o governo por cargos e causar uma crise política e econômica.

Futuro incerto: Além disso, há questionamentos sobre as estimativas do governo no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024, o que pode exigir revisões durante a tramitação.

Também há disputa pela meta de déficit zero, com o PT defendendo mudanças para evitar prejuízos à popularidade do presidente Lula.

• A postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação a essa questão ainda é incerta.

Maior seca em 43 anos na Amazônia liga alerta no setor elétrico

A região Norte do Brasil enfrenta uma grave seca que afeta o setor elétrico.

A situação: As principais hidrelétricas da Amazônia estão operando com vazões muito abaixo da média histórica, com algumas delas operando a apenas 10% a 15% da capacidade. A região Norte, apesar de abrigar grandes hidrelétricas, possui poucos reservatórios de água, o que a torna suscetível a períodos de seca.

• A seca é atribuída a fenômenos climáticos como o El Niño e o aquecimento do oceano Atlântico Norte.

Consequências:

Isso levou ao desligamento de uma usina e ao acionamento de usinas térmicas para garantir o abastecimento de energia.

A crise atual evidencia a falta de planejamento energético do país, que depende cada vez mais das térmicas para garantir o abastecimento, o que pode resultar em custos mais elevados para os consumidores.

NEGÓCIOS

Alibaba é investigado por supostas espionagem, na Bélgica

O “e” em e-comerce significa espionagem no caso do Alibaba?

As autoridades belgas estão monitorando o gigante do comércio eletrônico em busca de “possível espionagem” no principal centro logístico europeu da empresa, informou o Financial Times.

• É o mais recente exemplo da crescente desconfiança do Ocidente em Pequim e nas empresas chinesas.

Quase um Big Brother: Como parte das iniciativas de segurança nacional, Pequim exige que as empresas chinesas forneçam ao governo central todos os dados solicitados, incluindo informações recolhidas em mercados estrangeiros. Isto aumentou a ansiedade e as suspeitas do resto do mundo sobre o governo chinês usar a espionagem como forma de ajudar a expandir o seu alcance geopolítico e económico, especialmente com entidades apoiadas pelo Partido Comunista que possuem participações em algumas das empresas mais dominantes da China, incluindo a Alibaba.

Não só a Alibaba é fonte de escrutínio:

Quase metade dos EUA proibiu o aplicativo de compartilhamento de vídeo TikTok – que pertence à chinesa ByteDance – de dispositivos governamentais, e Montana o proibiu completamente. Países ao redor do mundo proibiram a compra de câmeras de vigilância fabricadas pelas empresas chinesas Hikvision e Dahua.

E agora, o Serviço de Segurança do Estado Belga permanece em alerta máximo quando se trata do Alibaba no aeroporto de carga na cidade de Liège:

• O centro da Alibaba – que é operado pelo seu braço logístico Cainiao – foi anunciado em 2018 e envolveu um investimento de US$100 milhões na difícil região da Valónia, na Bélgica. O parlamento belga levantou preocupações de segurança na época, e o serviço de segurança belga VSSE continuou monitorando o local desde a sua conclusão em 2021, disseram fontes ao FT.

A suspeita:

Jonathan Holslag, professor da Vrije Universiteit Brussel, disse ao FT que o software de logística do Alibaba no aeroporto pode, em teoria, dar à China “muitos insights sobre cadeias de abastecimento e sobre eventuais vulnerabilidades”.

• Uma fonte familiarizada com os sistemas de TI da empresa disse que Cainiao é capaz de acessar dados sobre comerciantes, produtos, detalhes de transporte e fluxos, todos os quais poderiam ser acessados por Pequim.

O que a Alibaba diz:

A Alibaba nega qualquer irregularidade e afirma que os seus dados de Liège estão armazenados em servidores na Alemanha.

Not made in China

Com governos de todo o mundo tentando limitar a influência da China, muitos investidores internacionais estão retirando o seu dinheiro das ações chinesas. O retrocesso também se deve, em parte, a leis que exigem que compradores e vendedores paguem um imposto de 0,13% sobre negociações de ações cotadas na bolsa de Hong Kong, um custo adicional que não existe nos EUA.

Além disso, as medidas repressivas regulamentares da China sobre as empresas tecnológicas e o setor imobiliário em ruínas do país não gritam realmente “crescimento” aos investidores.

TECH

O mais recente problema do X/Twitter: usuários sinalizando anúncios por informações incorretas

Elon Musk demitiu a maioria dos moderadores de conteúdo do Twitter, calculando que os usuários poderiam se policiar com um recurso chamado “notas da comunidade”. Mas a mesma ferramenta está sendo usada para atacar os anunciantes, apresentando Linda Yaccarino com sua enxaqueca do dia.

A situação:

Originalmente projetado para que os usuários adicionassem contexto aos tweets que eles consideravam enganosos, o recurso de notas da comunidade tornou-se recentemente em um problema para anunciantes grandes e pequenos.

• Imagine produtos anunciados que vem acompanhados por notas de usuários informando que a loja é apenas uma revendedora e o mesmo item pode ser encontrado mais barato em outros lugares…

Portanto, mesmo que o feed imprevisível de Musk não fosse suficiente para assustar os anunciantes, o receio de que os seus anúncios pudessem vir com uma grande etiqueta a dizer “não confie neste anúncio” poderia.

Teoria x realidade.

Permitir que os utilizadores do Twitter moderem a desinformação está muito de acordo com a ambição declarada de Musk de tornar o Twitter um lar para o jornalismo cidadão. Para as marcas, no entanto, entregar tanto poder aos usuários é uma perspectiva mais assustadora.

O Wall Street Journal relata que o Uber excluiu um anúncio que havia colocado no Twitter depois de ficar preso a uma nota da comunidade que minava suas alegações de que os motoristas do Uber poderiam ser seus próprios patrões.

E etc…

• Uma pintura avaliada em US$ 15 mil há dois anos foi descoberta como “uma obra de grande importância” de Rembrandt, de acordo com a Sotheby's, que agora quer vendê-la por US$ 18 milhões.

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• México é atingido por terremoto de magnitude 9. O sul do México foi atingido por um terremoto de magnitude 5,9 na noite de sexta-feira, desencadeando alarmes sísmicos em toda a região, mas sem causar danos significativos.

• Drop the mic. Drake anunciou que planeja tirar “um ano ou algo assim” de folga da música por causa de sua saúde poucas horas depois de lançar um novo álbum.

• 🤖 Anos em dias… é assim que parece que a inteligência artificial está evoluindo ultimamente. Acompanhar as novidades acaba sendo uma oportunidade de se tornar mais produtivo e se diferenciar. Veja aqui como ter sempre as melhores dicas e saber as últimas tendências deste “mundo do futuro”.

• Verstappen conquista tri, iguala brasileiros Senna e Piquet e desponta como candidato a maior campeão da Fórmula 1. Dominante, o piloto da Red Bull fez uma temporada avassaladora e não deu qualquer chance para os concorrentes.

• CBF anuncia Brasil x Argentina para o Maracanã em novembro.

• Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook, se torna a pessoa mais rica do Brasil.

• Rebeca Andrade conquista medalha de ouro no salto do mundial de ginástica artística. Brasileira fecha a disputa com média de 14,750 e supera a americana Simone Biles.

• O próximo filme-concerto da Eras Tour de Taylor Swift já vendeu mais de US$ 100 milhões em ingressos, anunciou a AMC ontem. A notícia fez disparar as ações da rede de cinemas.

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• Brasil cria grupo de trabalho para ser candidato à sede da Copa Feminina de 2027.

• Depois do futebol e do golfe, bilionários árabes avaliam investimento na NBA. Liga de basquete americana está no radar de gigantes institucionais do Oriente Médio, como fundos soberanos da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos