As principais notícias de hoje: 5 de setembro

Brasileiro mais escolarizado vê renda desabar. A surpresa do PIB ao crescer 0,9% em relação aos três meses anteriores. Um panorama geral das empresas brasileiras

Bom dia.

No update de hoje:

  • Brasileiro mais escolarizado vê renda desabar.

  • A surpresa do PIB ao crescer 0,9% em relação aos três meses anteriores.

  • Um panorama geral das empresas brasileiras

Brasil

Brasileiro mais escolarizado vê renda desabar

Os trabalhadores brasileiros que mais perderam renda e qualidade de emprego nos últimos dez anos foram aqueles com mais anos de estudo.

A conclusão é de pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV com base em dados do IBGE.

Em números: 16,7% foi a queda do rendimento médio no período de 2012 a 2023 de quem estudou 16 anos ou mais.

27,5% foi o avanço da renda nesse intervalo de tempo daqueles com menos de um ano de estudo. O que explica: os mais escolarizados foram empurrados para empregos de menor qualidade e poucos produtivos nos últimos dez anos, refletindo em vagas que pagam menos e que são, cada vez mais, informais.

Do outro lado, a renda dos que estudaram menos foi impulsionada a partir de 2020, quando chegou a pandemia e a mão de obra menos qualificada passou a ser mais valorizada diante do isolamento social.

Por que importa: os resultados mostram que o ensino superior está dando menos retorno no Brasil. É um problema para uma economia que ainda carece de mão de obra qualificada.

A surpresa do PIB

O PIB brasileiro do segundo trimestre surpreendeu os especialistas ao crescer 0,9% em relação aos três meses anteriores.

Em números: analistas do mercado esperavam uma alta de 0,4% em relação ao crescimento de janeiro a março, que foi revisado de 1,9% para 1,8% pelo IBGE.

A surpresa fez economistas revisarem mais uma vez os cálculos para o desempenho da economia deste ano. Antes em cerca de 2,5%, agora as contas variam entre 2,8% e 3,1%. Veja aqui o PIB de diversos países no segundo trimestre. Repercussão: o resultado fez a Bolsa registrar forte alta, o dólar cair, e foi celebrado por integrantes do governo.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que o desempenho da economia foi qualitativamente melhor. O ministro Fernando Haddad (Fazenda), porém, se disse preocupado com o terceiro trimestre.

Alguns pontos para entender o PIB do 2º tri:

  • Na demanda: destaque para o consumo das famílias, que subiu 0,9% de abril a junho em relação ao trimestre anterior. O segmento responde por cerca de 60% do indicador. O programa de incentivos do governo (para carros e combustíveis), o aumento do valor do Bolsa Família, a inflação controlada e a força do mercado de trabalho são apontados como motivos para o resultado.

  • Na oferta: o PIB do agro mais uma vez foi bem. Apesar do recuo de 0,9% em relação a janeiro e março, quando o setor bombou com alta de 21%, no segundo trimestre o crescimento foi de 17% na comparação com o mesmo período do ano anterior, graças à supersafra. Outros destaques foram as altas de indústria (0,9%) e serviços (0,6%).

  • Sabia-se que o crescimento seria puxado por impulso fiscal, aumento da massa salarial e do crédito para pessoas físicas. Mas o resultado disso tudo no PIB foi maior do que o esperado, afirma Vinicius Torres Freire.

É possível que a taxa de crescimento da produtividade do trabalho seja maior do que imaginamos, escreve Samuel Pessôa.

Negócios

Panorama geral das empresas brasileiras - segundo evidenciado nos últimos resultados

Analisando os resultado do segundo trimestre das empresas listadas na bolsa, as principais tendências observadas foram uma queda acentuada no lucro líquido, EBITDA e receita. Na toada da Selic alta, as empresas tem sofrido com despesas financeiras elevadas e desaceleração econômica.

Traduzindo em números conforme relatório do Santander sobre as 150 empresas listadas:

  • Média de queda de 34,7% no lucro líquido.

  • Média de queda de 25% no EBITDA.

  • Média de queda de 8,4% na receita líquida.

Setores com destaque positivo em lucros:

  • Educação: aumento de 444%.

  • Papel e celulose: aumento de 352%.

  • Utilities: aumento de 58%.

Setores com destaque negativo em lucros:

  • Alimentos e bebidas: queda de 95%.

  • Mineração: queda de 82%.

  • Siderurgia: queda de 53%.

Empresas de destaque:

  • Positivas: Cyrela, Hapvida, Mercado Livre e Vivo.

  • Negativas: Grupo SBF, CSN, Marfrig e Localiza.

Precificação dos resultados:

  • Mais de 80% das empresas com EBITDA conforme as expectativas.

  • 46% superaram as projeções de lucro, enquanto 32% tiveram resultados mais fracos.

Evolução no uso de palavras durante os calls de resultado:

  • Uso das palavras 'recessão' e 'desaceleração' caiu após aumento no quarto trimestre anterior.

  • Atividade econômica mais resiliente, com projeções de aumento do PIB para 2023.

Resiliência de setores e mercado de trabalho:

  • Contribuição para a visão de uma recessão distante.

  • Uso menos frequente da palavra 'desafiador' no segundo trimestre.

Palavras mais usadas nas calls do trimestre:

  • 'Crédito', 'financiamento' e 'empréstimos' refletem preocupações com balanços e altas taxas de juros.

Foco contínuo na eficiência de custos:

  • Aumento na frequência da palavra 'eficiência' devido ao fraco desempenho na receita.

Tech & Ciência

Um rim artificial pode finalmente libertar os pacientes da diálise?

As células renais alojadas no biorreator do Projeto Rim podem sobreviver dentro do corpo de um porco e imitar várias funções renais importantes por pelo menos uma semana.

O Projeto Rim visa criar um dispositivo que possa melhorar a diálise.

Um rim bioartificial tornaria os tratamentos para doenças renais mais eficazes, toleráveis e confortáveis.

As próximas etapas dos testes serão testes de um mês, primeiro em animais e depois, eventualmente, em humanos.

Os carros autônomos já são mais seguros do que os motoristas humanos?

Waymo e Cruise dirigiram um total combinado de mais de 8 milhões de milhas sem motorista.

As duas empresas relataram 102 acidentes, sendo a maioria dos acidentes colisões em baixa velocidade que não representavam um risco grave à segurança e a grande maioria sendo culpa do outro motorista.

Ainda serão necessárias centenas de milhões de quilómetros sem condutor para responder à questão de saber se os carros sem condutor são mais seguros do que os condutores humanos, mas as provas começam a acumular-se.

E etc…
  • Por que as pessoas não conseguem deixar empregos que odeiam

  • Como é o hotel ultraexclusivo do Caribe com diárias a partir de US$ 15 mil

  • Veja 13 alimentos brasileiros que estão em risco de extinção

  • Britânico diz ter achado pelo Google Maps avião que sumiu em 2014

Por hoje é isso, pessoal. Até amanhã!

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