BRASIL

Clicar play é melhor do que trocar de canal para os brasileiros

Mais lares brasileiros estão assinando plataformas de streaming do que aderindo à TV a cabo como mostram os dados do IBGE, provenientes de uma pesquisa realizada no final de 2022.

Os números mostram o seguinte:

• Em 2022, 43,4% das casas com aparelhos de TV no Brasil estavam utilizando serviços pagos de streaming de vídeo, o que equivalia a 31,1 milhões de domicílios.

• Por outro lado, 27,7% dos domicílios com televisor tinham acesso aos serviços de TV por assinatura, totalizando 19,8 milhões de residências.

É importante destacar que esta é a primeira vez que o instituto coleta dados relacionados ao streaming, então não há comparação com anos anteriores.

Enquanto isso, a TV por assinatura tem experimentado uma queda, já que em 2016 estava presente em 33,9% dos lares com televisores.

Jogos, anúncios e “anti-gato”: Mesmo em declínio, o modelo de negócios da TV paga tem influenciado os serviços de streaming, que buscam formas de rentabilizar sua base de assinantes. Algumas estratégias incluem a exibição de anúncios antes e durante as produções nos planos mais acessíveis, a limitação do compartilhamento de senhas entre diferentes domicílios (iniciada pela Netflix e seguida por outras empresas), e acordos para a aquisição de direitos de transmissão de eventos esportivos, como a Amazon transmitindo a Copa do Brasil no Prime e planejando a transmissão de algumas partidas do Brasileirão a partir de 2025.

Outro dado relevante que contribui para o crescimento do streaming no país é o acesso à internet por meio de TVs, utilizado por 47,5% das pessoas com dez anos ou mais em 2022, superando o uso de notebooks (35,5%) e ficando atrás apenas dos celulares (98,9%), de acordo com o IBGE.

MUNDO

O Banco Central do Japão tem um inimigo incomum: a inflação

Conheça o único lugar no planeta onde a inflação é realmente bem-vinda, até certo ponto.

Depois de décadas tentando — e sem sucesso — alimentar a inflação, o Japão foi finalmente presenteado com um aumento constante dos preços, graças às mesmas forças macroeconômicas que afligem o resto do mundo.

Numa entrevista ao Financial Times, o governador do banco central, Kazuo Ueda, descreveu o plano do banco para aumentar cautelosamente as taxas sem matar a nova e brilhante economia em crescimento do país. Nação da Deflação

Desde a década de 1990, o Japão tem estado atolado num status quo de queda consistente de preços – sim, deflação.

• E embora isso possa parecer invejável para quase todos os outros países neste momento, a deflação do Japão tem sido associada há muito tempo à estagnação dos salários e a pouco ou nenhum crescimento econômico, o que se combina para criar o que os economistas apelidaram de um ciclo de destruição da “Japanificação”.

O Banco do Japão(BoJ) empregou quase todos os truques da carteira do banco central para impulsionar o crescimento, mantendo uma política fiscal ultra-ultra frouxa, chegando ao ponto de instituir taxas de juro negativas de -0,1% e manter um controlo férreo sobre os mercados obrigacionistas.

Foi necessária uma pandemia e a eclosão da guerra na Ucrânia para finalmente fazer o que o BoJ não conseguiu.

Mas agora pode haver muita coisa boa (ou ruim?). Em Janeiro, a taxa de inflação do Japão atingiu um pico de 4,2% – ainda muito abaixo das taxas de cerca de 10% observadas nos EUA e na UE, mas historicamente elevadas para o Japão – estimulando o crescimento salarial e económico. Em setembro, esse número caiu para 2,8%, e agora Ueda se encarregou de reduzir esse número para mais perto da meta final de 2% – sem recair na japonificação:

• O BoJ anunciou em Julho planos para facilitar o controlo do mercado de obrigações governamentais, oferecendo-se para comprar obrigações a 10 anos a operações de taxa fixa de 1%. No final de outubro, o BoJ disse que iria ainda mais longe, permitindo que os rendimentos dos títulos de 10 anos ultrapassassem 1%.

• Com efeito, o banco central esperava desfazer a sua política de controlo da curva de rendimentos para impulsionar a queda do iene, na esperança de manter a dinâmica positiva trazida pela inflação. Em média, as empresas japonesas proporcionaram um aumento de 3,5% aos empregados este ano, de acordo com o The Wall Street Journal, o maior ganho salarial em 30 anos, enquanto a economia cresceu quase 5% ano após ano entre Abril e Junho.

Zona Cinzenta: O crescimento populacional no Japão enfrenta desafios devido ao envelhecimento da população.

• Mais de 10% da população tem 80 anos ou mais, e cerca de 33% tem mais de 65 anos. Até 2040, o país poderá enfrentar uma escassez de 11 milhões de trabalhadores, levando o primeiro-ministro a questionar a sustentabilidade da sociedade japonesa.

Embora a inflação baixa possa ser vantajosa em boa parte do mundo, a situação geral no Japão é muito mais complexa.

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NEGÓCIOS

Publicidade que mata a sede

Já pensou em uma empresa que ganha dinheiro dando garrafinhas de água gratuitamente para as pessoas?

Pois é isso que faz a startup FreeWater.

Fundada por Josh Cliffords, a empresa distribui garrafinhas de água gratuitamente e monetiza o negócio transformando as garrafas em espaço publicitário.

Os anunciantes pagam por tudo, incluindo a água, embalagem, impressão do anúncio e distribuição, com um preço médio de US$1 por unidade.

Dez centavos de dólar por garrafa são destinados a ONGs em regiões afetadas pela escassez de água.

A empresa tem atraído grandes clientes, como Netflix e NBC, e pretende atingir o ponto de equilíbrio no primeiro trimestre de 2024.

O caminho pela frente:

O objetivo futuro é criar máquinas de distribuição gratuita de bebidas e lanches rápidos, financiadas por anunciantes, com um limite de três produtos por pessoa por dia, gerando receita para filantropia. Isso contribui para abordar o problema global da escassez de água.

TECH

📱 Ceci n’est pas un celular. A Humane lança oficialmente o AI Pin, seu wearable com tecnologia OpenAI. É um gadget projetado para interagir com grandes modelos de linguagem, não com aplicativos, e para falar em vez de digitar. Mas ainda não está totalmente claro para que você deve usá-lo.

🛒 Curta, siga e … compre. Meta permite que os compradores da Amazon comprem produtos no Facebook e Instagram sem sair dos aplicativos. Meta adicionou um novo recurso que permite aos usuários vincular suas contas do Facebook e Instagram à Amazon e comprar produtos clicando em promoções em seus feeds. Os usuários poderão comprar anúncios no Facebook e Instagram da Amazon sem sair do aplicativo. Não se sabe como funcionará a participação nos lucros e como os comerciantes escolherão onde seus anúncios serão veiculados. A Meta investiu pesadamente em inteligência artificial como uma tecnologia chave para ajudar os varejistas a oferecer promoções direcionadas.

🎬 2 em 1. O CEO da Disney, Bob Iger, anunciou um aplicativo beta que mescla Disney+ e Hulu para assinantes de pacote duplo no próximo mês.

E etc…

🕷 Fez Morbius, mas aparentemente queria Homem-Aranha. O ator Jared Leto se tornou a primeira pessoa a subir legalmente ao topo do Empire State Building, anunciando a próxima turnê mundial de sua banda Thirty Seconds to Mars.

🤯 Em vez de um site, uma planilha do Google Sheets. Não conhecíamos a banda “Portugal, The Man”, mas precisamos admitir que foi uma boa ideia. “Feito é sempre melhor do que perfeito.

🏎 Os preços dos ingressos estão despencando antes da próxima corrida da Fórmula 1 na Las Vegas Strip. A Fórmula 1 afirma que a corrida de Las Vegas na próxima semana gerará US$ 1,3 bilhão, embora os preços dos ingressos e dos hotéis estejam caindo drasticamente.

🍿 A intimidade de Ayrton Senna — pela primeira vez, num documentário. Um novo documentário que será lançado em março do ano que vem quer mostrar justamente o lado pessoal e familiar de Ayrton, jogando luz sobre ‘o filho, irmão e amigo’.