Bom dia.

Lembra do Sr. Miyagi fazendo o Daniel pintar cerca e encerar carro? O garoto achava que estava perdendo tempo. Até descobrir que aquilo era o karatê. Steve Jobs fez um curso aleatório de caligrafia depois de largar a faculdade. Anos depois, aquilo virou as fontes do Mac. O "inútil" virou essencial.

Às vezes a reunião improdutiva, o projeto paralelo, a conversa de corredor que "não tinha a ver com nada" — essas coisas que parecem perda de tempo hoje são o que vai te diferenciar amanhã.

O desvio vira destino. Presta atenção no que parece irrelevante. Boa sexta.

📩 NO UPDATE DE HOJE:

• 🟣 Roxinho no topo do mundo corporativo brasileiro.

• 💳 Bandeiras de cartão querem ser mais do que bandeiras.

• 🎒 A crise silenciosa da educação brasileira

• 💸 Finfluencers com "selo de qualidade" no Brasil

• 🧠 E mais sobre negócios, tech, Brasil e mundo.

Nubank é oficialmente a maior empresa do Brasil

O Nubank ultrapassou a Petrobras e virou a empresa brasileira mais valiosa, top 1, com valor de mercado de quas US$ 80 bilhões (R$ 415 bi).

O contexto: A fintech deixou para trás gigantes como Itaú (US$ 73,59 bi) e Banco Santander Brasil (US$ 41,76 bi). Na América Latina, só fica atrás do Mercado Livre. No ranking global? 277ª posição.

Detalhe importante: O Nubank fechou o 3º trimestre com 109,3 milhões de clientes — e está perto de ultrapassar o Bradesco em número de usuários.

Por que isso importa: É até simbólico. Um banco 100% digital nascido em 2013 virou mais valioso que a Petrobras, símbolo do Brasil tradicional. Mostra como o mercado financeiro brasileiro tá em transformação — e coloca o Nubank na conversa das maiores fintechs do mundo.

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Visa e Mastercard se reinventam como "AWS do dinheiro"

Visa e Mastercard tiveram trimestres sólidos, mas estão fazendo algo mais interessante: um rebranding como infraestrutura financeira.

Os números: Visa cresceu 12% em receita (US$ 11 bi) com transações internacionais subindo 11%. Mastercard disparou 17% (US$ 9 bi), e seu negócio de serviços agregados — cybersegurança, analytics, IA — cresceu 25%.

O estratagema: Ryan McInerney (CEO da Visa) agora chama a empresa de "hyperscaler". Michael Miebach (CEO da Mastercard) fala em "rede multi-rail para troca de valor digital". Tradução: estão se posicionando como plataforma de nuvem para movimento de dinheiro, não como apenas intermediárias de cartão.

Por que isso importa: O crescimento de cartões tá desacelerando. Têm PIX e similares, moedas digitais e novos sistemas de pagamento em tempo real chegando. Ao se vender como "infraestrutura do dinheiro" (tipo AWS ou Azure), essas gigantes protegem seus valuations altíssimos e se mantêm relevantes. É uma jogada inteligente para não virar dinossauro.

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A crise silenciosa da educação brasileira

Apenas 15,5% dos jovens brasileiros concluem o ensino médio na idade certa E com aprendizado mínimo esperado em português e matemática. Isso é um fracasso em larga escala.

O contexto: A evolução tava acontecendo — em 2019 eram 18,9%. Mas a pandemia virou o jogo: caiu para 17% em 2021 e 15,5% em 2023. Alguns estados como Amapá ficam em apenas 5,6%, enquanto o Paraná (melhor do país) só chega a 20,4%.

O problema real: Não é só sobre atraso escolar — é sobre aprendizado mesmo. Tem milhares de adolescentes dentro da escola, mas saindo sem saber o mínimo de matemática e português.

Por que isso importa: Uma geração inteira tá saindo da escola sem base para entrar na universidade ou conseguir empregos melhores. E o país não tá conseguindo recuperar o que perdeu na pandemia. Isso não é apenas número frio — é futuro comprometido de milhões de brasileiros.

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Finfluencers com "selo de qualidade" no Brasil

O mercado de influenciadores financeiros, finfluencers para os íntimos, cresceu 8,4% no primeiro semestre de 2025, mas agora vem com novidade: a Anbima vai mostrar quem realmente tem certificação para falar de investimentos.

Os números: 803 finfluencers ativos, 287,8 milhões de seguidores e 1,18 bilhão de interações no semestre. O engajamento médio caiu 8,3%, mas no YouTube explodiu para 11,6 mil interações por post.

O plot twist: Muitos grandes influenciadores financeiros não têm certificação. A partir de agora, a Anbima vai destacar quem realmente está credenciado. Sem ela, aquele conselho de investimento vale menos. Na teoria pelo menos.

Por que isso importa: Finfluencer virou profissão, e nem todo mundo que ganha seguidores tem competência comprovada. Esse "filtro" ajuda o investidor a diferenciar educação financeira legítima de achismo. Também sinaliza que o mercado tá amadurecendo — as pessoas tão migrando para conteúdo mais profundo em vez de apenas scroll rápido.

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Por hoje é isso, pessoal. Até o próximo update!