Bom dia.

O cara que inventou o Post-it estava tentando criar uma super cola. Fez uma cola fraquinha que mal grudava. "Fracasso total", pensou.

Seis anos depois, virou um dos produtos mais vendidos do mundo.

Moral da terça-feira? Seu erro de hoje pode ser seu bestseller de amanhã.

Vamos às notícias?

📩 NO SEU UPDATE HOJE:

• 🇦🇷 Milei mais que dobrou sua bancada na Câmara

• 🤷‍♂️ Sumiço de R$ 4,7 bi e suspeita de megafraude

• 🚗 A razão para o pedágio eletrônico estar inativo

• 🇨🇦 Comercial de 1 minuto = 10% extras em tarifa

• 🧠 E mais sobre negócios, tech, Brasil e mundo.

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🎙️ EPISÓDIO NO AR

Milei vence eleições legislativas e mercado explode

A vitória foi esmagadora. A coalizão de Javier Milei conquistou 41% dos votos nas eleições de meio de mandato da Argentina, muito acima dos 30% que o mercado esperava. O peronismo ficou com 32%.

Os números no Congresso: Milei mais que dobrou sua bancada na Câmara (de 44 para 93 deputados) e triplicou no Senado (de 6 para 19 senadores). O peronismo ainda é a maior força individual, mas perdeu músculo.

A reação do mercado: O ETF de ações argentinas subiu 10% no pré-mercado. Bancos como Supervielle (+15%) e a petrolífera YPF (+12%) dispararam. Títulos do Tesouro bateram recorde.

Por que isso importa: Milei agora tem gordura política para tocar as reformas que prometeu: privatizações, desregulação e ajuste fiscal. Era isso que emperrava até agora – ele tinha as ideias, mas não os votos.

O detalhe geopolítico: Trump tinha deixado claro que manteria o apoio de US$ 40 bilhões (swap + financiamento) só se Milei vencesse. Vitória garantida = cheque garantido.

Próximos capítulos: volatilidade continua alta. O mercado de câmbio argentino ainda é frágil e as reformas precisam passar pelo Congresso. O rali deve continuar, mas com solavancos pelo caminho.

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Ambipar: sumiço de R$ 4,7 bi e suspeita de megafraude

De queridinha a quebrada. A Ambipar, gigante de gestão ambiental que comprou 80 empresas em 40 países, entrou com recuperação judicial em 20 de outubro. Tinha R$ 4,7 bilhões em caixa, agora deve R$ 11 bilhões — e ninguém sabe para onde foi o dinheiro.

O gatilho: A empresa emitiu US$ 550 milhões em green bonds em 2024 e fez hedge cambial com um banco. Em agosto de 2025, o banco mudou as regras e pediu R$ 60 milhões de garantia. A Ambipar não pagou. Isso acionou cláusulas que anteciparam todas as dívidas de uma vez. As ações despencaram 96% em uma semana.

Por que isso importa: É expansão agressiva que explodiu. A Ambipar comprou dezenas de empresas endividadas apostando em crescimento rápido. A dívida saltou de R$ 2 bilhões em 2020 para R$ 11 bilhões hoje.

A pergunta: onde estão os R$ 4,7 bilhões do caixa?

A empresa acusa o ex-CFO João Arruda (que saiu dias antes da crise) de ser o responsável. Ele veio do Bank of America em 2024 e pulou do barco pouco antes do naufrágio.

O twist: A Ambipar alega que o banco transformou operações de proteção cambial em "instrumentos especulativos". Mas isso ainda não explica o sumiço dos bilhões.

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Pedágio eletrônico patina há 2 anos — e o problema não é tecnologia

O pedágio eletrônico patina no Brasil. Dois anos após a implementação, o free flow enfrenta resistência massiva — projetos de lei querem suspender multas, juiz barrou cobrança na Dutra antes mesmo de começar, e governos recuaram em 12 trechos após protestos.

O paradoxo: o sistema é objetivamente melhor. Menos gasto com combustível e tempo, tarifas menores, descontos de até 96% para usuários frequentes. Mas motoristas acham que pagam mais porque veem mais pórticos — mesmo pagando menos no total.

A briga jurídica: O MPF argumenta que free flow não é pedágio tradicional, é serviço de gestão de tráfego. Aplicar multa de R$ 200 e cinco pontos na CNH por dívida de R$ 2 seria desproporcional. Concessionárias rebem: 85% das transações já são eletrônicas e inadimplência cai rápido com campanhas informativas.

Por que isso importa: É resistência cultural a um modelo comprovadamente superior. A lógica mudou — em vez de pagar R$ 30 em três praças, você paga R$ 5 em seis pórticos proporcionais ao trecho usado.

Mas o brasileiro vê mais cobrança e acha que está sendo enganado, mesmo economizando no fim das contas.

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Um comercial de 1 minuto que custou 10% de tarifa

Trump aumentou em 10% as tarifas sobre o Canadá por causa de uma propaganda. O governo de Ontário exibiu um anúncio durante a World Series usando um discurso de Reagan de 1987 criticando protecionismo. Trump chamou de "fraude" e "ato hostil".

O comercial: Reagan dizendo que barreiras comerciais "prejudicam trabalhadores americanos". Recado direto contra Trump, que já cobrava 35% sobre produtos canadenses.

A escalada: Trump cancelou negociações na quinta. O premiê de Ontário prometeu tirar do ar, mas manteve nos jogos de sexta e sábado. Trump anunciou os 10% extras no sábado enquanto voava para a Malásia.

Por que isso importa: O Canadá manda 75% das exportações para os EUA. É o único país do G7 sem acordo com Washington na guerra tarifária de Trump. As tarifas já chegam a 50% em aço e alumínio.

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Por hoje é isso, pessoal. Até o próximo update!

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