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📩 NO UPDATE DIÁRIO DE HOJE:

• 🏅 Brasil é top 1 mundial de supersalários públicos

• 🚙 Motoristas de app em risco

• ⛽ Esquema de R$ 26 bi que virou a maior fraude fiscal de SP

• 🎰 A evolução das bets.

• 🧠 E mais sobre negócios, tech, Brasil e mundo.

Brasil lidera ranking mundial de supersalários públicos

O Brasil gasta R$ 20 bilhões por ano com servidores que recebem acima do teto constitucional — 21 vezes mais que a Argentina, segundo colocada.

Os números:

• 53,5 mil servidores ganham acima do teto de R$ 46,3 mil

• Quase 11 mil juízes receberam mais de R$ 1 milhão no último ano

• Judiciário concentra R$ 11,5 bilhões desse gasto

O contexto: Estudo comparou o Brasil com 10 países. A Alemanha não tem nenhum caso de supersalário. Os EUA têm apenas 4 mil servidores acima do teto.

O truque: Verbas "indenizatórias" (férias não usadas, acúmulo de função) não contam no teto e são isentas de IR — algo que não existe em outros países.

Por que isso importa: Esses R$ 20 bilhões representam 40% do déficit fiscal previsto para este ano. Enquanto o governo corta gastos essenciais para equilibrar as contas, o teto constitucional vira letra morta. Uma proposta para acabar com essas brechas tramita há uma década no Congresso sem sair do lugar, apesar de 83% da população reprovar os supersalários.

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🔑 Você pode fechar a semana com chave de ouro

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Motoristas de app em risco

O CEO da Uber diz que carros autônomos vão substituir motoristas humanos na próxima década.

A previsão de Dara Khosrowshahi (CEO da Uber):

• Em 10 anos: rede híbrida de humanos e robôs

• Depois disso: robôs dominam (não se distraem, aprendem com milhões de vidas)

• Já acontece: Waymo em SF, Tesla em Las Vegas

O porém: Estudo com 37 mil acidentes mostra que carros autônomos são melhores na maioria dos casos, mas batem muito mais à noite.

Por que isso importa: São 7+ milhões de motoristas de app só nos EUA. Mas especialistas brasileiros discordam da extinção: quem dominar IA vai se destacar, não desaparecer.

A real: A automação vem. Quem se adapta primeiro, vence.

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Grupo Refit: como funcionava o esquema de R$ 26 bi que virou a maior fraude fiscal de SP

A Receita Federal e o governo de SP deflagraram nesta quinta (27) a Operação Poço de Lobato, cumprindo 126 mandados contra o Grupo Refit — a maior devedora de impostos de São Paulo.

Os números assustam: O grupo movimentou R$ 70 bilhões em um ano e importou R$ 32 bilhões em combustíveis sem pagar imposto. Criou 17 fundos com R$ 8 bilhões para blindar o dinheiro ilícito.

Como funcionava: Liderado por Ricardo Magro (que hoje mora em Miami), o esquema usava empresas "laranjas" para importar combustível sem recolher ICMS. O dinheiro era blindado com 15 offshores em Delaware e fundos fechados.

• Mais de R$ 1,2 bilhão foi lavado através de contratos internacionais que podem retornar ao Brasil disfarçados de "novos investimentos".

Por que isso importa: Enquanto você paga caro no posto, alguém embolsou bilhões que deveriam virar hospital e escola.

• A sonegação também desequilibra o mercado — postos honestos não conseguem competir com quem sonega imposto.

Magro já foi advogado de Eduardo Cunha e preso em 2016 por desvios de fundos de pensão. Hoje diz ser "perseguido pelo PCC".

O desfecho: A Justiça bloqueou R$ 10,2 bilhões em bens do grupo. Mas com dívida de R$ 26 bi, ainda falta muito.

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A bolsa que negocia de tudo

Imagine poder apostar não só em quem vai ganhar a Copa do Mundo, mas também em quem será o próximo presidente do Banco Central, se a inflação vai subir ou cair, ou até qual filme leva o Oscar.

• Isso são "mercados preditivos" — plataformas reguladas onde você negocia contratos sobre o resultado de praticamente qualquer evento futuro. É tipo uma bolsa de valores, mas em vez de ações, você compra e vende expectativas.

A jogada: A Robinhood comprou a MIAXdx junto com a Susquehanna para operar diretamente nesse mercado. Antes intermediava contratos da Kalshi, líder do setor. Agora corta o atravessador e lista os próprios contratos.

Os números:

• Ação subiu 11% ontem

• Disparou 250% em 12 meses

• Clientes negociaram 2,3 bilhões de contratos no 3T — dobro do trimestre anterior

• A modalidade tem ganhado mercado das bets e até do investimento em ativos tradicionais.

Por que isso importa: Mercados preditivos viraram mainstream nos EUA. A Polymarket foi avaliada em US$ 8 bilhões em outubro e já estuda IPO com valuation de US$ 15 bilhões.

E o Brasil? Com as bets consolidadas por aqui, é questão de tempo até surgirem plataformas para apostar em eleições, Copom ou BBB.

O desafio é regulação — nos EUA, um juiz decidiu esta semana que essas plataformas devem seguir regras de cassinos, não só do regulador financeiro.

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📚 Biblioteca do Update Diário

1 livro por semana em 10 pontos.

O livro dessa semana conta a história de Jim Simons, um matemático que virou a lenda dos investimentos. Seu fundo Medallion gerou média de 66% de retorno anual desde 1988 — deixando Warren Buffett e George Soros no chinelo.

A sacada dele? Em vez de usar análise tradicional de empresas, Simons montou a Renaissance Technologies usando algoritmos complexos e análise quantitativa. Basicamente reuniu cientistas e matemáticos para encontrar padrões ocultos no mercado através de dados.

O livro intercala a vida pessoal de Simons (desde prodígio até criptógrafo do governo) com os marcos da Renaissance, mostrando vitórias, fracassos e até polêmicas éticas. É a história do cara que revolucionou Wall Street e criou a era dos investimentos quantitativos.

Aqui nossos 10 pontos sobre o livro:

1. Simons era dotado de uma confiança sobrenatural e uma determinação incomum para realizar algo especial.

2. Ele se via como um explorador em busca de riquezas incalculáveis, praticamente sem ninguém em seu encalço.

3. O que Jim queria fazer era importante. Ele queria uma vida com significado. Se fosse criar um fundo, queria ser o melhor.

4. Jim entendeu desde cedo que dinheiro é poder. Ele não queria que ninguém tivesse poder sobre ele.

5. Simons nunca fez um curso de finanças, não se importava muito com negócios e, até os quarenta anos, apenas se aventurou no mercado financeiro.

6. Éramos vistos como excêntricos com ideias absurdas. Simons não se importava com os céticos.

7. Simons percebeu que tinha uma abordagem única, refletindo sobre os problemas até chegar a soluções originais. Às vezes, seus amigos o viam deitado, de olhos fechados, por horas a fio. Ele era um pensador com imaginação e o instinto para atacar os tipos de problemas que poderiam levar a verdadeiros avanços.

8. Simons desenvolveu uma perspectiva única sobre talento. Ele valorizava os implacáveis — aqueles com foco inabalável que não desistiam.

9. Simons era um ouvinte excepcional. Uma coisa é ter boas ideias, outra é reconhecer quando os outros as têm. Se houvesse uma mina de ouro em meio à confusão, ele a encontraria.

10. Simons e sua equipe estão entre os operadores mais reservados que Wall Street já viu, relutantes em revelar sequer uma pista de como conquistaram os mercados financeiros, para que nenhum concorrente se apodere de qualquer indício.

📤️ Palavra secreta: se você leu até aqui responda “SEXTA” nesse e-mail.

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Por hoje é isso.

Até o próximo update diário! De segunda a sexta-feira, às 6:10.