Bom dia.
A OpenAI busca US$ 100 bilhões para alcançar avaliação de US$ 830 bilhões, mas enfrenta um paradoxo: mesmo com US$ 64 bilhões em caixa e receita de ~US$ 20 bilhões anuais, os custos de inferência explodem enquanto faltam chips. A ambição de revolucionar a IA via trilhões em infraestrutura colide com a realidade econômica. Na corrida contra Anthropic e Google, surge a pergunta incômoda: será possível financiar esse futuro?
📩 NO UPDATE DIÁRIO DE HOJE:
🇧🇷 Congresso aprova orçamento de 2026.
🤝 TikTok fecha acordo para sair do controle chinês.
🤳 Empresas estão fabricando influenciadores internos.
🤖 OpenAI quer levantar US$ 100 bi com avaliação de US$ 830 bi.
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Congresso aprova orçamento de 2026
O Congresso aprovou ontem o orçamento de 2026, correndo para liberar emendas parlamentares desde janeiro — ano eleitoral, né?
Os números:
R$ 61 bilhões em emendas (R$ 10 bi a mais que 2025)
Superávit projetado: R$ 34,5 bilhões
O truque: Para abrir espaço, parlamentares cortaram R$ 6,2 bi da Previdência e R$ 540 milhões do Pé de Meia. Como Previdência é gasto obrigatório, o governo vai ter que repor esse dinheiro em 2026 — cortando outras coisas.
Por que isso importa: O orçamento já nasce irrealista. Receitas infladas + despesas subestimadas = aquele superávit bonito no papel provavelmente não vai acontecer. Velhos vícios continuam.
TikTok fecha acordo para sair do controle chinês
TikTok vai criar uma joint venture nos EUA com Oracle, Silver Lake e MGX controlando 45% do negócio. ByteDance fica com 19,9%. Transação fecha em 22 de janeiro — mas ainda precisa da aprovação da China.
Os detalhes: A nova entidade gerencia dados, algoritmo, moderação e conformidade. Oracle audita tudo. ByteDance sai da linha de frente, mas mantém uma fatia significativa do negócio.
Por que importa: Encerra anos de disputa entre Washington e Pequim pelo TikTok. Se confirmado, a app mais influente com jovens americanos deixa de ser controlada pela China — pelo menos na teoria.
É também um sinal de que conseguem se entender em questões de segurança nacional.
Empresas estão fabricando influenciadores internos
Influencer modo CLT? Marcas brasileiras transformam colaboradores em criadores de conteúdo.
Pesquisa da Flint com 292 profissionais mostra que 77% acreditam que presença nas redes fortalece reputação.
Natura, Porto e Mercado Livre já lançaram programas para capacitar consultoras, corretores e empreendedores.
Por que importa: A reputação corporativa deixou de ser coisa de marketing e virou responsabilidade de toda a empresa.
Quem investe em formar criadores internos ganha acesso direto ao cliente por voz confiável.
Quem demorar descobre tarde que o ativo mais valioso da marca sempre esteve ali.
OpenAI quer levantar US$ 100 bi com avaliação de US$ 830 bi
Rumo ao tri? A OpenAI está em negociações para captar US$ 100 bilhões em novo aporte, o que a valorizaria em até US$ 830 bilhões. O objetivo é fechar até o final do Q1 2025, possivelmente com fundos soberanos.
A empresa já tem US$ 64 bi em caixa, mas seus custos explodiram — especialmente com inferência de IA. Também circulam rumores sobre um possível IPO e investimento de US$ 10 bi da Amazon.
Por que isso importa: OpenAI está em corrida acirrada contra Anthropic e Google. Mas há um problema: o otimismo em IA esfriou e investidores duvidam se as megaempresas conseguem sustentar esses gastos colossais. A empresa precisa provar que sua receita de ~US$ 20 bi/ano justifica uma avaliação de meio trilhão de dólares.
Negócios
☕ Starbucks em Expansão: Após turbulências, a Starbucks Brasil planeja abrir 30 novas lojas em 2026, sinalizando confiança na recuperação do consumo local. Leia mais
📈 Inadimplência nos FIDCs: O atraso nos pagamentos está crescendo em fundos (FIDCs) de crédito pessoal; analistas alertam que este pode ser apenas o topo do iceberg. Leia mais
📉 O Fim do 60/40? A clássica estratégia de portfólio (60% ações, 40% títulos) está sendo questionada; analistas sugerem trocar Treasuries por metais e energia para sobreviver ao novo cenário macro. Leia mais
🏦 Regras para Previdência: O CMN aprovou novas diretrizes para os investimentos de fundos de pensão, buscando dar mais segurança e transparência ao setor. Leia mais
Tecnologia
🚁 O eVTOL Decolou: A Eve, subsidiária da Embraer, realizou com sucesso o primeiro voo de teste não tripulado do seu "carro voador" em escala real. Leia mais
🍎 Interface Revolucionária: A OpenAI pode estar prestes a mudar o design de apps para sempre, focando em "agentes" que executam tarefas em vez de apenas responder textos. Leia mais
🇨🇳 Soberania dos Chips: A China afirma ter feito engenharia reversa em máquinas EUV (essenciais para chips de ponta), um duro golpe nas sanções tecnológicas do Ocidente. Leia mais
🥊 Zuck vs. Wang: O fundador da Scale AI e atual diretor de IA na Meta, Alexandr Wang, criticou abertamente a abordagem de Mark Zuckerberg com a Meta AI, afirmando que ela está "sufocando" o progresso real. Leia mais
Brasil & Mundo
⚖️ PF no Congresso: Os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy são alvos de operação da PF por suposto desvio de cotas parlamentares — verba destinada ao exercício do mandato. Leia mais / Entenda as Cotas
🇻🇪 Estratégia Trump: Donald Trump está intensificando a pressão econômica e diplomática para tentar depor Maduro, mas analistas dizem que ele quer evitar uma invasão militar direta. Leia mais
🇹🇼 Arsenal Histórico: Os EUA aprovaram um pacote de armas de US$ 11,1 bilhões para Taiwan, o maior da história, elevando a tensão com Pequim a novos patamares. Leia mais
🇷🇺 Rússia em Marcha Lenta: Putin admite que a economia russa deve crescer apenas 1% em 2025, sentindo o peso prolongado das sanções e do esforço de guerra. Leia mais
🗳️ Voto de Protesto: Mais do que uma guinada à direita, as recentes eleições na América do Sul refletem um eleitorado profundamente insatisfeito com o status quo econômico. Leia mais
Da falência iminente a unicórnio do mercado de usados
A Carflix, plataforma de compra e venda de carros seminovos, fechou 2024 faturando R$ 250 milhões.
O diferencial está em como chegou lá: seu fundador Alan Ladeia quase fechou as portas em 2020, vendeu a casa e o carro para salvar a empresa, e apostou tudo em um modelo de franquias que ninguém esperava que funcionasse.
Os números:
12 unidades operacionais (mais a recém-aberta São Caetano do Sul)
20 franquias em implantação
Meta ambiciosa: 300 unidades em 5 anos e R$ 650 milhões de faturamento em 2026
A jornada: Ladeia começou como vendedor de carros e, depois de duas décadas no setor, identificou um problema: o mercado de usados era caótico e inseguro.
Lançou a Carflix em 2016 como plataforma de intermediação.
Teve sorte (chegou ao home delivery de carros antes da pandemia), recebeu aportes do Mercado Livre e do Banco BV, mas viu tudo desabar quando o mercado de venture capital endureceu.
A virada? Transformou a crise em oportunidade.
Testou o modelo de franchising com um parceiro, viu a loja dar payback em 6 meses e escalou como louco.
Por que isso importa: O sucesso da Carflix sinaliza que o mercado de carros usados ainda é um deserto em termos de eficiência digital. Enquanto isso, mostra que no Brasil ainda há espaço para founders que conseguem pivotar rápido e não desistem quando o venture capital seca.
A aposta nas franquias, vista como "segunda classe" por muitas startups, pode ser a chave para escalar sem queimar caixa.
E a história mostra o poder que o modelo de negócio certo tem.
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