Principais notícias de hoje: 4 de julho

Reforma tributária será votada esta semana. Número de mulheres investidoras aumenta no país. Problemas econômicos da China se multiplicam e desafiam o crescimento mundial. Novas regras para fundos de investimento visam empoderar investidor comum

Bom dia.

Imposto no Brasil é uma das coisas mais complexas que existem. Esta complexidade gera desde dor de cabeça até histórias inacreditáveis já que detalhes do produto determinar o valor do imposto.

  • Bombom “Sonho de Valsa” que, enquanto chocolate, recolhia 5% de IPI, porém, ajustada a classificação fiscal como “wafer” (diante de particularidades) foi submetido a alíquota zero (0%)

  • Atualmente as impressoras fazem de tudo: escaneiam, imprimem, digitalizam. Mas no caso dessas máquinas multifuncionais, qual deve ser a classificação fiscal?

  • Uma plataforma de sondagem e perfuração de poços de petróleo pode ser enquadrada no conceito de embarcação? Para a 2ª Turma da Câmara Superior do Carf, a resposta é negativa.

  • Usados para extrair odores e gordura, coifas e depuradores de ar são objetos de cozinha que, a princípio, parecem cumprir a mesma função. Mas são?

  • A empresa que importa tampas de garrafa térmica pode classificar a mercadoria como “partes de garrafas térmicas”?

  • As barras de cereal, afinal, são produto de confeitarias ou flocos de cereal

Esta semana o Congresso busca votar a Reforma Tributária buscando simplificar os tributos cobrados sobre o consumo. Vamos ver como esta história se desenrola.

Brasil

Reforma tributária: entenda como vai funcionar

As discussões sobre a Reforma Tributária se arrastam há anos no Congresso e, desde que o texto atual foi apresentado, as negociações têm enfrentado cada vez mais resistências entre os governadores nos últimos dias.

A Câmara dos Deputados inicia o que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), promete ser um “esforço concentrado” para votar a Reforma Tributária até sexta-feira.

A primeira versão da proposta que unifica cinco impostos sobre o consumo: os federais IPI, Pis e Cofins, o estadual ICMS e o municipal ISS.

  • Como se trata de uma proposta de emenda constitucional (PEC), a reforma precisa de 308 votos entre os 513 deputados para ser enviado ao Senado.

O objetivo da Reforma Tributária: simplificar a tributação para as empresas e para todos os brasileiros, facilitando o crescimento econômico do país.

Em fases: Esta é só a primeira parte da reforma, que vai tratar dos impostos cobrados sobre o consumo.

  • A tributação da renda será objeto de uma segunda etapa da reforma que, pelos planos do governo, deverá ser discutida no segundo semestre.

O que muda: (Você pode ler mais detalhadamente aqui)

  • unificação de tributos federais e subnacionais (estaduais e municipais)

  • alíquotas de imposto: poderá variar de acordo com setores

  • Cashback: O texto cria a possibilidade de devolução de parte do imposto pago, o chamado cashback. Mas isso será definido depois, por meio de lei complementar.

Quando entra em vigor: É um processo gradual que se inicia em 2026 com o começo da unificação de impostos federais em fase de teste e evolui até a efetivação por completo em 2032.

Número de mulheres investidoras aumenta no país

O volume de mulheres que afirmaram ter alguma aplicação financeira avançou de 28% em 2021 para 33% em 2022, enquanto o de homens cresceu de 34% para 40% nesse intervalo. (Os dados são de um estudo da Anbima e do Datafolha).

Principal motivo para não investir: A maioria das mulheres que não investe (79%) diz que as condições financeiras como a falta de dinheiro e o salário baixo são os principais empecilhos.

Aonde investem:A poupança ainda é o investimento mais usado por mulheres e homens, utilizada por 26% das pessoas.

Objetivo do investimento: Já o destino do investimento é parecido entre mulheres e homens: a maior fatia de ambos (30%) investe para comprar um imóvel e cerca de 20%, para ter um dinheiro guardado para emergências.

Veja também:

Mundo

Problemas econômicos da China se multiplicam e desafiam o crescimento mundial

O que acontece na China indireta ou indiretamente afeta hoje em dia a vida do mundo todo.

Este ano de 2023 não tem sido muito bom para os chineses. O país enfrenta uma confluência de problemas:

  • gastos dos consumidores fracos,

  • mercado imobiliário em crise,

  • exportações em queda,

  • desemprego recorde entre os jovens e

  • dívida enorme dos governos locais.

O impacto dessas pressões começa a repercutir em todo o mundo, afetando desde os preços das commodities até os mercados de ações.

Para piorar a situação para a China, a abordagem mais assertiva de Xi em lidar com os Estados Unidos tem alimentado os esforços americanos para cortar o acesso da China a suprimentos de semicondutores avançados e outras tecnologias que impulsionarão o crescimento econômico no futuro.

Crescimento mais lento. A meta oficial de crescimento da China em torno de 5%, que foi considerada pouco ambiciosa quando foi anunciada em março, agora parece mais realista. O Goldman Sachs reduziu sua previsão de crescimento da China este ano para 5,4% em junho, ante 6%.

No início de 2023, o otimismo era alto de que a China veria uma rápida recuperação nos gastos do consumidor, impulsionada por compras de vingança, comer fora e viajar.

Mas a ansiedade sobre o que um crescimento mais fraco significa para o desemprego e os rendimentos, combinada com o efeito negativo da riqueza proveniente do setor imobiliário em declínio, tem levado as pessoas a economizar em vez de gastar.

Não é apenas a demanda doméstica que decepcionou. O comércio exterior tem sido um apoio consistente durante a pandemia, à medida que as fábricas chinesas corriam para atender a pedidos dos Estados Unidos e da Europa, mas tem diminuído nos últimos meses.

EUA buscam melhorar comunicação com a China

A secretária do Tesouro Janet Yellen planeja visitar a China esta semana, o próximo passo nos esforços do governo Biden para melhorar as relações entre as duas maiores economias do mundo.

Por que é importante: a viagem de Yellen, inicialmente anunciada em janeiro, foi suspensa depois que o presidente Biden ordenou aos militares que derrubassem um balão espião chinês depois que ele voou pelos Estados Unidos em fevereiro.

  • O secretário de Estado Antony Blinken viajou para a China no início deste mês para se encontrar com seu homólogo e com o presidente Xi Jinping para o que Blinken chamou de "conversa robusta".

Dirigindo as notícias: Yellen visitará Pequim de 6 a 9 de julho e se reunirá com altos funcionários na China, onde planeja apresentar uma versão face a face de seu discurso em abril, que expôs os três princípios que orientam a economia americana relacionamento com Pequim.

Yellen usou reuniões anteriores com autoridades chinesas para obter uma leitura em tempo real da economia da China e discutir maneiras pelas quais os dois países podem cooperar em desafios compartilhados, como mudança climática e crescimento global.

Zoom out: Depois de dois anos difíceis no relacionamento EUA-China no início de sua presidência, Biden buscou um novo caminho na cúpula do G20 em Bali em novembro passado. Mas os planos para melhorar o relacionamento foram essencialmente congelados após o incidente do balão.

O governo Biden adotou uma abordagem agressiva na proteção de tecnologias críticas de empresas chinesas e, em outubro, impôs controles de exportação de semicondutores.

O que esperar: As autoridades não esperam que a viagem de Yellen resolva - ou mesmo resolva - todas as questões espinhosas que dividem os dois países.

  • Mas os funcionários do governo querem melhorar as linhas de comunicação sobre questões econômicas.

Veja também:

Negócios

Novas regras para fundos de investimento visam empoderar investidor comum

Para quem não trabalha com investimentos, muitos obstáculos como a falta de tempo e até mesmo a de conhecimento acabam atrapalhando as pessoas de investirem bem.

Fundos de investimento costumam ser uma excelente solução para isso.

Existem diversos fundos e obviamente escolher bem é essencial, mas eles permitem terceirizar a gestão dos seus investimentos à gestores cuja única função é cuidar do seu dinheiro.

A CVM, órgão regulador, redefiniu algumas regras e com isso busca empoderar o investidor de varejo, dando maior acesso à produtos bem como maior transparência nas informações.

Até então, o investimento no exterior é restrito aos chamados investidores qualificados, que são aqueles com mais de R$1milhão em investimentos. A partir de outubro, todos poderão ter acesso a esse tipo de investimento, bem como outros produtos antes também restritos como os FIDCs (um tipo de fundo de crédito) e até criptoativos.

Mais informação e transparência

  • a regra determina a padronização dos documentos dos fundos, antes cheios de juridiquês e despadronizados. Agora, as pessoas físicas conseguirão comparar com mais facilidade os produtos e compreender melhor os riscos que estão correndo.

  • Será também necessário esclarecer qual é a remuneração do administrador, do gestor e do distribuidor do fundo, em vez de informar apenas uma única taxa de administração, como acontecia. Ou seja, o investidor saberá o que ele está pagando.

Os brasileiros estão se preocupando cada vez mais com investimentos. Com o avanço da tecnologia, tem ocorrido uma democratização no acesso a informação e aos produtos de investimento. Bom ver a regulação buscando se atualizar.

Veja também:

  • Sem Vale, Ibovespa teria fechado primeiro semestre a 131 mil pontos. Ações da mineradora, que tem peso relevante no índice, fecharam primeiros seis meses do ano em queda de cerca de 26%, com incertezas na China levando à baixa dos papéis. O Ibovespa fechou o primeiro semestre de 2023 com alta de 7,61%

  • Tesla supera expectativas e bate recorde de entregas no 2º trimestre

  • Eletrobras afasta vice-presidente por denúncia de atuação prévia na Delta

  • Arábia Saudita e Rússia aprofundam cortes na oferta de petróleo e preços sobem

  • Até Warren Buffett se rendeu: bolsa do Japão sobe quase 30% no ano e é aposta para 2º semestre; por quê?

Tech

Após críticas, Musk aumenta limite de leitura em contas não verificadas no Twitter

O dono do Twitter, Elon Musk, anunciou uma mudança no limite temporário de leitura na rede social. Após críticas de internautas, ele confirmou que os usuários não pagantes poderão ler até 1.000 posts por dia na plataforma. Ou seja, 400 a mais do que o limite divulgado no fim de semana.

Ao atingir o limite, a plataforma exibirá uma mensagem pedindo para que os usuários aguardem e tentem novamente, mas não detalha as causas do erro.

De acordo com o bilionário, os limites estão sendo colocados para fazer com que a plataforma consiga “lidar com níveis extremos de extração de dados e manipulação do sistema”. Ou será uma estratégia para fazer usuários se tornarem pagantes?

Um remédio que faz os dentes voltarem a crescer

Uma equipe de pesquisa japonesa deve iniciar os ensaios clínicos em julho de 2024 com um medicamento que pode permitir que as pessoas desenvolvam novos dentes.

  • Se tudo correr conforme o planejado, a equipe planeja ter o medicamento pronto para uso geral em 2030.

Público-alvo inicial. O medicamento é destinado a pessoas que não possuem um conjunto completo de dentes adultos devido a uma condição congênita chamada anodontia.

Grande avanço. Se a droga funcionar em humanos, será um divisor de águas para todo o campo da odontologia.

Veja também:

Diversos

Por que o carro custa tão caro no Brasil?

Ter um carro pode ser uma fonte de conforto, mas tem ficado cada vez mais caro. Já se perguntou por que isso está acontecendo?

O brasileiro que ganha um salário mínimo - que hoje é de R$ 1.320 - precisa trabalhar 4 anos e 5 meses (53 meses sem gastar um centavo do salário) para comprar o carro mais barato vendido por aqui, o Renault Kiwd ou o Fiat Mobi - que custam a partir de R$ 68.990.

Cada vez mais caro: o preço médio dos carros médios vendidos no Brasil em abril de 2023 foi de R$ 140,3 mil, mais que o dobro de 2017, seis anos atrás, quando o tíquete médio dos automóveis comercializados foi de R$ 70,8 mil.

Perda do poder de compra: Os carros estão mais caros em níveis relativos e absolutos. Em 2017, por exemplo, o carro mais barato no Brasil era o Chery QQ, que custava R$ 26.690 ou 28 salários mínimos da época (R$ 954) contra os 53 necessários de hoje.

Impostos… Sobretudo pela diferença de impostos, um carro no México pode custar de 20% a 40% a menos que um idêntico no Brasil.

Vale lembrar que o custo do carro não para no momento da compra. O dono ainda precisa arcar com o IPVA, que é anual e pode variar de 2% a 4% do valor do veículo dependendo do Estado.

Visão geral. Impostos realmente são um fator relevante para explicar o preço dos veículos, mas não são os únicos culpados.

  • A forte inflação gerada pela quebra das cadeias de suprimento globais é também um grande motivo pelo aumento dos preços.

  • Carros mais caros, mas mais equipados. Hoje todos os carros tem freios ABS, airbags, motores melhores. **Mais conforto e segurança… Mais custos.

Consequências: Os brasileiros estão comprando menos carros, revela estudo pela consultoria automotiva Jato Dynamics.

  • Segundo a empresa, em 2022 foram vendidos mais carros para pessoas jurídicas do que para pessoas físicas.

  • Este foi o primeiro ano em que os CNPJs superaram os CPFs na compra de carros no país. No ano passado 52,9% das vendas foram para pessoas jurídicas.

Você sabe qual é a tolerância de um radar de velocidade?

Um veículo na velocidade de até 100 km/h, tem uma tolerância fixa imposta pelo sistema de 7 km/h.

  • Ou seja, num trecho onde a máxima é de 30 km/h o motorista poderá passar numa velocidade de até 37 km/h sem ser multado. Se a máxima é de 90 km/h, o motorista tem até 97 km/h de margem para poder passar.

Porém, acima de 100 km/h o contexto já muda de regra e, por isso, a tolerância neste caso é de 7%.

  • Sendo assim, em um trecho com a velocidade máxima de 110 km/h, o motorista poderá andar até 110 km/h mais 7% desta velocidade, o que seria aproximadamente 118 k/h, considerando mais 7,7 km/h de tolerância.

Dica para não tomar multa: Não tentar aproveitar esta margem de erro.

Veja também:

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